E estes modelos variam num espectro que vai desde os mais estatizantes aos mais liberais. Nos países da U E os sistemas de saúde são na sua maioria, mistos, com componentes públicas e privadas, que funcionam em regime de concorrência, refere o autor na introdução.
Portugal destaca-se por manter um sistema de saúde de tipo soviético, com um monopólio de Estado designado por Serviço Nacional de Saúde. Ora, os monopólios de Estado são aqueles que se prestam a mais abusos e corrupção.
“ E, se dúvidas houvesse, aí está o Serviço Nacional de Saúde para o provar.”
Segundo o autor, a carência da oferta, as listas de espera, a má qualidade dos serviços e do atendimento são fenómenos inerentes às organizações colectivistas. Não têm solução se o monstro não for liquidado. “E a tragédia que condiciona estes fenómenos tem um nome. Na sua versão “ hardcore”, chama-se comunismo e na versão “softcore”, socialismo. E vai mais longe.
Os “técnicos de saúde” que defendem a continuidade do sistema constroem argumentos retóricos que se destinam apenas a perpetuar uma estrutura de poder. “Poder que partilham ou ao qual aspiram”.
Face a este cenário, Joaquim Sá Couto chama a atenção para a necessidade de repor o debate sobre a reforma do sistema de saúde, mas no plano político. Os partidos devem apresentar soluções próprias que reflictam opções ideológicas.