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António Vilar Um Homem Sem Dono

José Alberto Magalhães

Através do contributo de vária personalidades ligadas ao ensino superior, o livro vai promover uma ação crítica e fundamental para o desenvolvimento do Ensino Superior e do País.

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José Alberto Magalhães

José Alberto Magalhães, diretor de Informação da revista VIVA e antigo chefe de redação da Lusa.

 

A obra é um percurso biográfico da vida de António Vilar com um grande enfoque nos seus contactos com muitas das personalidades sociais-democratas, do passado e do presente.
Com prefácio de Eduardo de Oliveira Fernandes Professor Emérito daUniversidade do Porto:
“Um livro que só poderia ser poliédrico, eclético, surpreendente e humano, iluminado e luminoso. Um livro de percurso de vida intensamente vivida mas também vida em si mesma porque, como para Gabriel Garcia Márquez, viver é também ‘recordar e a própria maneira como se recorda (… )E, de facto, este livro fica como sinal de que o António Vilar, na certeza do seu rumo, na bagagem do seu conhecimento e no conforto da sua inteligência e prudência tem resistido ao longo da sua vida a inúmeras
facetas de expressão social. No rasgo de uma opção, numa travagem como num arranque ou desvio, porém, o António Vilar nunca serviu nenhum senhor. É que o António não tem dono, mesmo! "

Alguns excertos:
Sobre Pedro Passos Coelho
“É, na minha perspetiva, da extrema-direita inconsciente, na sua alegre inconsciência. Falta-lhe sabedoria, substância, lastro político. Tem um discurso redondo, à volta de algumas crenças. Não tem mundo. É daqueles que confundem o mapa com a estrada. Reconheço, porém, que é corajoso, combativo. Segue, enquanto Primeiro-Ministro, o mapa que lhe puseram na frente, o da “Troika”, decerto bem intencionado, mas sem horizontes, sem futuro para Portugal.”

Sobre Marcelo Rebelo de Sousa
“Acho que é um genial animador da vida política, um grande ‘discojockey’ no espetáculo que ela também é. Creio ser o melhor candidato de centro-direita às próximas eleições presidenciais. Nunca deixo de ouvir o que ele diz, mas nunca o oiço apenas a ele.

Sobre o PPD/PSD
“A social-democracia encontrava-se com o meu pensamento político e quando cons­tatei que era Sá Carneiro que liderava o PPD aderi com todo o entusiasmo. Hoje estão a destruir o partido. O caciquismo e a inerente corrupção, bem como o desprezo dos valores de antes e a emergência, sufocante de interesses pessoais e de grupo, fazem do atual PPD/PSD uma triste sombra do que foi no passado.

Sobre Cavaco Silva

“Acreditei que fosse um genuíno social-democrata. Hoje, sinceramente, acho que ele é um prestidigitador na política. O que conta para ele foi apenas ele próprio. O seu ideário político é muito frágil, líquido. Democrático, com certeza, mas, ao serviço de um qual­quer caminho. Sobra-lhe em arrogância o que lhe falta de ‘mundividência’.

Com prefácio de Eduardo Oliveira Fernandes, Professor Emérito de Universidade de Porto
Quem conhece António Vilar verificará facilmente que este livro não é uma surpresa no conteúdo, sendo que neste se inclui também a própria forma. Um cidadão para quem, como definiu Fernando Pessoa, ‘viver é criar’. É-nos tornada presente uma paisagem feita dos impulsos de um homem que poderia ser um quase-modelo de cidadão na expressão de inteligência, convicção, perseverança, generosidade, solidariedade e, pasme-se, de humildade expressa na verdade e autenticidade deste livro. Um livro de percurso de vida intensamente vivida, mas também vida em si mesma, porque, como para Gabriel Garcia Márquez, viver é também ‘recordar e a própria maneira como se recorda.

Sobre Rui Rio
António Vilar lamenta que a política seja, muitas vezes, o lugar de refúgio de gente falhada, incompetente para se gerir a si própria. Mas volta, depressa, à questão colocada sobre Rui Rio.
“Quando concorreu – e venceu contra Fernando Gomes – as eleições para o que viriam a ser doze anos de Presidente da Câmara do Porto, era, para mim, um quase desconhecido na política. A pouco e pouco percebi que iam colando à pele, convenientemente alguns “clichés” – rigoroso, homem de contas, etc. Sem contrariar que assim seja, é no plano político que tomo posição. E, aqui, com inquietação e pesar, ele aparece sempre aos meus olhos como um pequenino Schauble da política à portuguesa (será que também quer ser Salazar, como eu queria na minha meninice?). Quanto à seriedade de que faz bandeira política, eu gostaria de saber mais pormenores sobre a razão porque o seu vice-presidente, Paulo Morais – um ativista da transparência e da luta contra a corrupção – abandonou cedo o seu lugar na Câmara do Porto, a que Rui Rio presidia. E quanto à governação da Câmara, ainda não esqueço as muitas situações em que, vingativo, intransigente, sectário, maltratou (e foi maltratado) por aqueles que não iam ao beija-mão, ou tinham projetos diferentes, caso notório de Luís Filipe Menezes.”

Texto de António Vilar Sobre o Livro:
Aceitei, interpelado pelo meu amigo de há mais de 30 anos, o José Alberto Magalhães, falar de pedaços de um tempo e do contexto, paupérrimo, de onde vim, de alguns sucessos e de muitos, muitos falhan- ços em que estive sucessivamente envolvido, e, também, do fim desta ilusão que é viver. Parafraseando um conhecido provérbio árabe: no fim, ou se diz tudo, ou não se diz nada. Aceitei dizer tudo. Antes de mais, pela irresistível necessidade de falar dos meus pais e de outros antepassados. Sem eles nada haveria, afinal, que dizer. Ainda que tenham sido escravos no seu tempo, foram sobretudo o estrume (a ideia é de Martinho Vaz Pires, Reitor da Alexandre Herculano e meu professor de alemão) que me fez crescer. Onde estiverem – porque chegaram primeiro – esperarão, enquanto isto escrevo e dito, outros possíveis. Aqui, cumpre-me honrá-los. Depois, porque não esqueço (ou, sem querer, esqueço...) as tantas pessoas que passaram por mim – colegas, alunos, clientes e, sobretudo amigos, tantos que não consegui enumerá-los minimamente nesta biografia. Mas que guardo em mim. Como disse Antoine Saint-Exupéry, “aqueles que passam por nós não mais vão sós: deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”. Afinal, eles estarão todos aqui, nas linhas, no contexto ou no intertexto. Esclareço, desde já, que se trata de um trabalho profissional realizado por um amigo que prezo, sendo que nem um cêntimo receberei do que, porventura, resultar da sua venda. E às críticas, boas, más ou péssimas, que se irão seguir responderá apenas o meu silêncio. Quis que a (minha) verdade fosse do vosso conhecimento, inteira, mas, decerto, com lapsos e omissões, sobretudo de amigos que não consegui já referenciar. Muitos me acusarão, não tenho dúvidas, mas as suas acusações não valerão mais, para mim, do que eles valem. O que, salvo algumas raras excepções, é muito pouco ou nada. Certo, porém, de que a verdade é a soma de todas as verdades.

 

  • Autor: José Alberto Magalhães
  • ISBN: 9789897681608
  • Título: António Vilar Um Homem Sem Dono
  • Data de Edição: setembro 2015
  • Editor: Grupo Editorial Vida Económica
  • Idioma: Português
  • Medidas: 17 x 23, 5cm
  • Nº de páginas: 468

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